A crítica do TCERJ se intensificou e, em um comunicado recente, a corte decidiu barrar novas operações do fundo com o Banco Master, que, apesar de oferecer taxas atrativas de retorno em Certificados de Depósito Bancário (CDBs), enfrentava desconfiança no mercado financeiro. Recentemente, o Banco Central anunciou a liquidação extrajudicial do Banco Master, enquanto seu proprietário, Daniel Vorcaro, e outros quatro diretores foram detidos pela Polícia Federal durante uma operação relacionada a práticas fraudulentas no sistema financeiro, que incluíam a negociação de títulos de crédito falsos.
O cenário se agrava com a suspensão do presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, pelo juiz, em meio a investigações que apuram possíveis irregularidades financeiras. As declarações da conselheira do TCERJ, Mariana Montebello Willeman, indicam que os investimentos realizados pelo Rioprevidência foram extremamente arriscados, especialmente em um ambiente que exigia prudência e avaliação criteriosa de riscos.
Mesmo após as advertências do TCERJ, o Rioprevidência continuou a realizar novos aportes, resultando em uma alocação de aproximadamente 8% do seu patrimônio em títulos do Banco Master, os quais não contavam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Em resposta às acusações, o Rioprevidência afirmou ter investido R$ 960 milhões em letras do Banco Master entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos programados para 2033 e 2034. A autarquia ressaltou que os pagamentos de aposentadorias e pensões estão garantidos, alegando que o valor investido é inferior à folha mensal de R$ 1,9 bilhão.
Além disso, o Rioprevidência destacou que, na época das aplicações, o Banco Master tinha autorização de funcionamento e uma classificação de risco considerada segura. As declarações da autarquia sustentam que as decisões de investimento foram tomadas em conformidade com as regulamentações vigentes e um plano de investimentos previamente aprovado. Contudo, o desenrolar deste caso ilustrativo destaca uma luta contínua entre confiança e gestão adequada de recursos em um ambiente financeiro complexo e volátil.
