Rio de Janeiro se torna líder em presos federais, com 66 detentos de alta periculosidade após transferências recentes, revela Ministério da Justiça.

A recente transferência de sete chefes de facções criminosas para presídios federais marcou um importante desdobramento na segurança pública do Brasil, destacando o estado do Rio de Janeiro como o novo líder em termos de detentos no sistema penitenciário federal. Com essa transferência, o Rio passou a contar com 66 internos considerados de alta periculosidade, elevando-se ao primeiro lugar no cenário nacional referente à custódia em unidades prisionais federais.

Essas movimentações, autorizadas pela Justiça no final de outubro, foram solicitadas pelo governo fluminense e visam, segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais, garantir um controle mais rigoroso sobre indivíduos associados a atividades criminosas de grande escala. Em comunicado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública ressaltou que cada transferência ocorre dentro de um processo rigoroso, onde o Judiciário analisa de forma individualizada cada caso.

Com essa operação, já foram realizadas 19 novas inclusões no Sistema Penitenciário Federal desde 2025, reforçando a necessidade de uma gestão penitenciária mais eficiente e segura. A segurança é uma prioridade, e a transferência é conduzida sob elevados padrões, coordenada pela Polícia Penal Federal, embora detalhes específicos sobre a operação não sejam divulgados para preservar a segurança dos envolvidos.

O Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, expressou preocupações em relação à divulgação prematura das transferências, destacando que informações desse tipo deveriam ser mantidas em sigilo até a conclusão das operações para evitar riscos adicionais. Esta cautela é essencial, especialmente ante a gravidade do contexto em que esses indivíduos estão envolvidos.

Dentro dos presídios federais, as condições de encarceramento são rigorosas. Cada detento é mantido em cela individual, onde passa praticamente 22 horas por dia em isolamento, recebendo apenas duas horas de banho de sol, tudo sob vigilância constante para prevenir qualquer tentativa de comunicação ou ingresso de materiais ilícitos. Desde a implementação desse modelo, não há registros de violação de segurança, com todas as necessidades dos presos, como alimentação e higiene, sendo controladas rigorosamente.

Além disso, visitas e atendimentos jurídicos são realizados sob parlatório, sem qualquer contato físico, garantindo a integridade dos protocolos de segurança e respeito à legislação vigente. Essa abordagem reafirma o comprometimento do sistema penitenciário federal em manter um espaço seguro e disciplinado, o que é crucial para a segurança pública no país.

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