“Quando se trata de menores de idade, a responsabilidade é dos pais, e não minha. Eu cuido do meu sobrinho, que tem apenas 12 anos, e superviso o que ele consome na internet. Portanto, a responsabilidade não pode recair sobre mim ou outros influenciadores; ela pertence aos pais. Além disso, é importante ressaltar que o Instagram, por exemplo, não foi criado para ser utilizado por crianças”, afirmou Melquiades durante seu depoimento.
A declaração gerou discussões acaloradas sobre o papel dos pais na era digital e a necessidade de uma maior regulamentação sobre o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos potencialmente prejudiciais. Muitos concordam que a educação e a supervisão parental são essenciais, especialmente em um tempo em que o acesso à internet é quase irrestrito.
A CPI, por sua vez, foi instaurada para investigar questões relacionadas às apostas online, especialmente no que se refere à proteção dos jovens e à ética dessas práticas. O depoimento de Melquiades destaca a complexidade do tema, que envolve não apenas a responsabilidade de plataformas digitais, mas também a do núcleo familiar.
Além disso, a declaração levantou a questão sobre a responsabilidade compartilhada entre pais, plataformas e influenciadores, já que a presença das redes sociais na vida das crianças é cada vez mais intensa. Com isso, a CPI segue sua investigação, buscando alternativas de proteção e possíveis regulamentações para garantir a segurança dos menores em ambientes digitais. A discussão se mostra não apenas relevante, mas urgente, à medida que o cenário das apostas e dos jogos online se expande.