Segundo fontes próximas, o prefeito Nunes cedeu parte do controle sobre a Secretaria de Habitação e a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) para Leite, em troca do apoio à candidatura de Teixeira. Esta decisão foi motivada pelo medo de derrotas que poderiam enfraquecer politicamente ambos os políticos.
A disputa pela presidência da Câmara Municipal estava envolta em incertezas, com diferentes grupos políticos tentando emplacar os seus candidatos. O nome de Silvão Leite, pupilo de Milton Leite, também era cogitado para ocupar o posto, mas não obteve consenso entre os vereadores. Outro nome que ganhava força era o de Rubinho Nunes, porém ele acabou sendo vetado pelo prefeito por ter apoiado um candidato de outro partido no primeiro turno das eleições.
Diante da ameaça do MDB de lançar uma candidatura própria e do risco de um nome de fora do União vencer a disputa, Milton Leite acabou cedendo e oficializou a indicação de Ricardo Teixeira como o candidato do partido. A votação, marcada para 1º de janeiro, deverá confirmar Teixeira na presidência, respeitando a proporcionalidade das bancadas.
Com essa decisão, a chapa da presidência da Câmara paulistana deve ser formada, com o PT ocupando a 1ª secretaria, o MDB a 1ª vice-presidência e o PL a 2ª vice-presidência. A indicação de Teixeira representa uma vitória importante para o prefeito Nunes e para o União Brasil, garantindo estabilidade política e aliados na Câmara Municipal de São Paulo.