O embate entre os políticos remonta a junho do ano passado, quando Ciro Gomes, então pré-candidato à Presidência, concedeu uma entrevista ao Flow Podcast na qual se referiu a Salles como “ex-ministro do desmatamento e contrabando”. Além disso, Ciro afirmou que o parlamentar teria desembolsado R$1 mil para ser hostilizado em um restaurante. Motivado por tais declarações, Salles moveu uma ação solicitando R$20 mil por danos morais, alegando que as afirmações de Ciro eram difamatórias.
No entanto, a justiça não acatou a pretensão de Salles, com a relatora Maria Isabel Gallotti indeferindo o recurso especial apresentado pelo deputado. O processo já transitou em julgado e foi dado baixa, não havendo mais possibilidade de recurso. Em sua decisão, a juíza Patrícia Martins Conceição ponderou que a fala de Ciro Gomes se inseria nos limites da liberdade de expressão política durante uma campanha eleitoral, não configurando um ataque injurioso ou difamatório que excedesse tais limites.
Salles argumentou nos autos do processo que nunca havia sido condenado por crime algum, buscando validar sua solicitação de compensação por danos morais. Por sua vez, Ciro Gomes reforçou que suas declarações se baseavam em informações previamente divulgadas pela imprensa. Ao final, a justiça optou por preservar a liberdade de expressão e manifestação do pensamento em contexto eleitoral, não acatando os argumentos de Ricardo Salles.
Neste sentido, a decisão representa uma derrota para o ex-ministro que buscava uma reparação pelos comentários proferidos por Ciro Gomes. Com a ação encerrada e a decisão final proferida, a controvérsia entre os políticos parece estar finalmente resolvida.