As cenas do protesto foram registradas em vídeos, rapidamente disseminados nas redes sociais. Nas imagens, é possível observar a população local utilizando pneus, pedaços de madeira e palha para interditar a via. Para aumentar a pressão do ato, o grupo chegou a atear fogo nos objetos que obstruíam a passagem, tornando impossível o trânsito de veículos pelo local. O impacto da manifestação foi sentido até por uma ambulância, que precisou desviar pelo acostamento para conseguir prosseguir com sua rota.
Em meio à situação caótica, a concessionária BRK, responsável pela distribuição de água na região, emitiu um comunicado com explicações para a falta de água que tem penalizado os moradores de Ipioca. De acordo com a empresa, o poço P-IP 08, crucial para o abastecimento daquela área, havia sofrido uma falha eletromecânica. Este entrave técnico, explicou a BRK, foi solucionado ainda na tarde do dia anterior, graças a uma ação de manutenção realizada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
No entanto, a população precisará ter paciência, pois a regularização do fornecimento de água ocorrerá de forma gradual. A expectativa é que todo o sistema esteja completamente operacional dentro de até 48 horas. A BRK reforçou que os residentes podem buscar mais informações ou esclarecer dúvidas por meio de suas linhas de atendimento, via telefone ou WhatsApp.
Resta acompanhar se a promessa de normalização no abastecimento se concretizará no prazo estipulado e se a tensão entre os moradores e as autoridades encontrará um desfecho satisfatório para ambas as partes. Enquanto isso, o episódio em Ipioca se junta a uma série de alertas sobre os desafios enfrentados na gestão de recursos hídricos em diversas localidades.