Revitalização de Hidroelétrica histórica é essencial para o desenvolvimento do turismo no São Francisco, apela empresário local.

Angiquinho: um monumento esquecido que guarda a história da industrialização nos sertões do São Francisco

A região do Alto Sertão do São Francisco é conhecida por sua rica história, que remonta desde os tempos do Colonizador, do Índio, do Africano, dos Bandeirantes, até os Engenheiros do Império que, em 1853, levantaram toda a região. D. Pedro II foi o primeiro turista a visitar a cachoeira em 1859, marcando o início de uma série de transformações na região. A chegada do trem a vapor em 1883 e a construção da primeira hidroelétrica do Nordeste por Delmiro Gouveia em 1913 foram marcos importantes para o desenvolvimento local.

Atualmente, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) tem desempenhado um papel fundamental na região, construindo a maior concentração de hidroelétricas do planeta ao longo da linha férrea estabelecida por D. Pedro II. No entanto, apesar desses avanços, o Alto Sertão do São Francisco ainda enfrenta desafios, com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.

Recentemente, o turismo tem se destacado como uma possível solução para impulsionar a economia local. Os Cânions do São Francisco, localizados ao longo da ferrovia histórica, tornaram-se um destino turístico promissor no Nordeste. Empresários do setor, em parceria com os governos locais, têm investido em infraestrutura turística e programas educacionais para promover a região.

No entanto, um monumento de extrema importância para a história da industrialização nos sertões do São Francisco tem sido negligenciado: Angiquinho, a primeira hidroelétrica da região, hoje encontra-se abandonada e com a visitação proibida pela CHESF. Esta situação é inaceitável, pois Angiquinho representa a engenharia avançada do início do século XXI e é parte fundamental do patrimônio histórico da região.

Diante disso, como membro do Conselho de Meio Ambiente do Monumento do São Francisco, apelo ao Presidente da CHESF para permitir a revitalização e visitação de Angiquinho. Esta iniciativa não apenas preservará a história e a cultura local, mas também contribuirá para o desenvolvimento econômico dos Sertões do São Francisco. É hora de valorizarmos e protegermos nosso patrimônio histórico, para que as futuras gerações possam apreciar e aprender com nosso passado.

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