O crime que vitimou Genilda, na época com 75 anos, ocorreu quando ela saía de casa, na frente de seu neto de apenas 10 anos. Ano passado, Antônio Guilherme dos Santos e seus irmãos foram detidos sob a acusação de envolvimento no assassinato, com base em um retrato falado elaborado a partir do depoimento da criança e relatos anônimos.
No entanto, em setembro de 2024, Albino Lima foi preso por cometer pelo menos 10 homicídios na região do Vergel do Lago. Durante as investigações, peritos encontraram em seu celular um calendário com anotações detalhadas de datas e nomes de suas vítimas. Além disso, foram descobertos registros de mais oito assassinatos na parte alta da cidade, nos bairros Jardim Petrópolis e Chã da Jaqueira, incluindo o nome de Genilda Maria da Conceição.
Diante das novas evidências, a Polícia Civil decidiu reabrir as investigações dos oito assassinatos na parte alta da capital, o que gerou contestações por parte da defesa de Antônio Guilherme e seus irmãos. Eles alegam que as prisões foram baseadas em provas frágeis e que as descobertas recentes comprovam sua inocência.
O advogado de defesa dos irmãos afirmou que exames balísticos ligam a arma apreendida com o serial killer a diversos crimes investigados, além de dados telefônicos que apontam a presença do suspeito nos locais dos assassinatos. Diante disso, a defesa já impetrou um habeas corpus pedindo o trancamento da ação penal, alegando que os irmãos já foram absolvidos em quatro processos, mas as investigações sobre as mortes de Maria da Conceição e de Alisson Santos da Silva ainda não foram concluídas.
A notícia da descoberta do provável verdadeiro autor dos crimes chocou a população da cidade e reabriu feridas antigas, trazendo à tona questões sobre a segurança pública e a eficácia das investigações criminais. A busca pela verdade e pela justiça continua em curso, à medida que novas informações surgem e mudam o rumo dos acontecimentos relacionados a esses crimes hediondos.