Revelações sobre plesiossauro: estudo sugere que monstro marinho pré-histórico tinha pele humana e escamas de peixe, mudando nossa perspectiva sobre sua evolução.



Recentes descobertas paleontológicas lançaram uma nova luz sobre os plesiossauros, répteis marinhos que habitaram a Terra entre 215 e 66 milhões de anos atrás, e que influenciaram lendas, como a do famoso monstro do lago Ness. Um estudo inovador liderado por Miguel Marx, doutorando da Universidade de Lund, na Suécia, sugere que essas criaturas poderiam ter apresentado uma combinação única de pele semelhante à humana em suas caudas e escamas de peixe em suas nadadeiras. Tal adaptação poderia ter proporcionado vantagens significativas na locomoção subaquática, imitando a estrutura de algumas tartarugas marinhas atuais.

Este pesquisa recente, publicada em 6 de fevereiro, analisa um fósseis de um plesiossauro com aproximadamente 183 milhões de anos de idade, encontrado nas camadas de xisto de Possidônia, na Alemanha. As condições químicas excepcionais do local permitiram a preservação de tecidos moles do animal, possibilitando análises que revelaram detalhes antes desconhecidos de sua anatomia externa.

Os cientistas acreditam que as escamas nas nadadeiras otimizavam o movimento do plesiossauro na água, enquanto a pele mais semelhante à humana na cauda poderia ter auxiliado em atividades de locomoção no leito arenoso do oceano. Marx explicou que as novas descobertas mudam a forma como os paleontólogos reimaginam a história evolutiva desses animais, uma vez que a representação deles não sofria mudanças significativas há quase duzentos anos.

Entretanto, algumas vozes na comunidade científica levantam questionamentos sobre a natureza do comportamento desses répteis. O paleontólogo Robin O’Keefe, da Universidade Marshall, sugere que os plesiossauros não eram criaturas que se moviam pelo fundo do mar, mas sim predadores ágeis e rápidos com uma alta taxa metabólica, o que os tornaria caçadores eficientes nas profundezas oceânicas.

Essas considerações ressaltam a diversidade adaptativa que os plesiossauros poderiam possuir, ampliando nossa compreensão sobre as complexidades da vida marinha pré-histórica e trazendo novas questões sobre como esses répteis interagiam com seu ambiente. Com cada nova descoberta, os mistérios do passado continuam a se desvelar, aquecendo a imaginação de cientistas e entusiastas da paleontologia.

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