A denúncia, oferecida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), foi aceita pela Justiça de Goiás na última sexta-feira (10). Além do casal, o executor do crime e outros dois comparsas também são réus no processo em andamento. Este é um desfecho crucial para a investigação que movimentou a cidade de Campinorte, no estado de Goiás, onde o crime ocorreu em abril do ano passado.
O matador de aluguel responsável pela execução do fazendeiro denunciou a filha e o genro de forma anônima para a polícia, alegando não ter recebido os R$ 20 mil combinados pelo crime. O executor, identificado como Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, foi preso em Novo Gama, no Entorno do DF, escondido na casa de parentes, enquanto o casal foi detido posteriormente.
Os detalhes do caso revelam um conflito prévio entre a vítima e o casal acusado. Testemunhas relataram à Polícia Civil que Nelson havia ordenado que o genro e a filha desocupassem um imóvel de sua propriedade, devido a desentendimentos anteriores. A polícia também apurou que a filha tentou movimentar a herança do pai, vendendo gado e imóveis logo após a morte dele.
A investigação levantou suspeitas sobre as ações suspeitas do casal após o crime, como vendas repentinas de bens e trocas de veículos. A filha presa do fazendeiro, ao se defender, atribui a responsabilidade do crime ao companheiro, que nega qualquer envolvimento com o caso. No entanto, a polícia afirma que ambos agiram em conjunto, desde o planejamento até a execução do crime.
O desfecho do caso ainda está em aberto, e os réus aguardam o julgamento que determinará se serão absolvidos ou condenados pelas acusações. A população local segue acompanhando de perto as reviravoltas desta história trágica, que revela as nuances sombrias de uma disputa familiar que terminou em violência e morte.