A Justiça de Alagoas, agindo na sequência da apresentação de uma denúncia formal pelo Ministério Público Estadual (MPE), transformou em réus os dois homens presos pelo hediondo crime de latrocínio – que é o roubo seguido de morte – contra a mulher trans, Grazyele Junqueiro. O horrendo crime ocorreu em julho deste ano.
Os réus, identificados como Kayque Silva dos Santos, de 20 anos, e Genilson de Melo Viana, de 30 anos, estão sendo processados por assassinar Grazyele em um ato de violência bruta e desprezível. Eles brutalmente espancaram a vítima dentro de sua casa, localizada no município de Santana do Ipanema, no interior de Alagoas. O evento traumático ocorreu no dia 3 de julho e os acusados roubaram vários pertences da vítima.
Grazyele era uma cidadã exemplar. Ela efetuava seu profissionalismo na Secretaria de Saúde de Santana do Ipanema e sua partida abrupta e trágica deixou uma lacuna. Colegas de trabalho descobriram Grazyele em estado grave, vítima do ataque, em sua própria residência. Apesar de terem a levado para o hospital e mais tarde transferida para o Hospital de Emergência do Agreste, seu estado era tão crítico que infelizmente ela faleceu sete dias após ser admitida no hospital.
O juiz Bruno Araújo Massoud, responsável pela 3ª Vara Criminal de Santana do Ipanema e que proferiu a sentença, declarou que a denúncia apresentada pelo MPE/AL apontava para o uso de uma violência física intensa pelos dois réus com o objetivo de roubar a vítima.
Conforme o curso das investigações, Kayque e Genilson confessaram o espancamento da vítima. Eles alegaram que o motivo estava ligado a uma alegada dívida que Grazyele possuía que totalizava R$ 900.
Agora considerados oficialmente réus, a lei determina que os dois permaneçam presos, esperando a designação de uma data para o julgamento.
