Os primeiros 20 minutos do encontro foram dedicados a uma conversa privada entre os dois líderes, onde, segundo Mauro Vieira, houve um ambiente de “praticidade” e “atitude construtiva”. O chanceler ressaltou a interdependência entre Brasil e Estados Unidos, mencionando a “química” percebida entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, o que pode facilitar a aproximação na diplomacia comercial.
A expectativa é de que os dois presidentes se encontrem em novembro, com o objetivo de fortalecer os laços econômicos entre as nações. Durante a reunião, Vieira enfatizou que o foco do Brasil é reverter as políticas e medidas adotadas pelo governo Trump que afetaram as relações bilaterais nos últimos meses. No entanto, ele não entrou em detalhes se as discussões abrangeriam tópicos sensíveis como a revogação de vistos dirigidos a membros do governo brasileiro e suas famílias, além da controvertida Lei Magnitsky, utilizada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A presença de Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos, também foi mencionada por Vieira, o que indica um interesse dos EUA em monitorar de perto as negociações que podem levar a uma nova era de cooperação entre Brasil e Estados Unidos.
Com a crescente instabilidade nas relações internacionais, o encontro entre Mauro Vieira e Marco Rubio pode ser um passo significativo para a retomada do diálogo e da colaboração entre os dois países, que têm uma longa história de trocas comerciais e parcerias estratégicas. A expectativa é que os avanços no relacionamento se concretizem com a aproximação dos presidentes e negociações mais robustas nos meses seguintes.