Ao deixar a reunião, Haddad afirmou que Lula recebeu Campos Neto de forma bastante receptiva e houve um acordo de realizar conversas periódicas. O ministro descreveu o encontro como produtivo e cordial, destacando a construção de uma relação institucional. Segundo Haddad, não foram discutidos tópicos específicos, mas ficou claro o respeito mútuo entre os envolvidos.
A reunião aconteceu após um pedido formal por parte do Banco Central, segundo informações de interlocutores. Esse encontro era aguardado, pois desde as eleições do ano passado, Lula tem feito críticas contundentes a Campos Neto e buscado uma maior influência nas decisões do Banco Central.
O momento da reunião foi significativo, uma vez que ocorreu logo após um evento no qual Lula assinou contratos de concessão do primeiro leilão de linhas de transmissão de energia durante o seu governo. A reunião começou com certo atraso, às 18h38, devido a compromissos anteriores do presidente.
Essa busca por uma melhor relação entre o governo e o Banco Central ganha ainda mais destaque em um contexto em que o presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou o lançamento de uma nova taxa de câmbio, denominada o dólar “vaca muerta”, às vésperas das eleições argentinas. Esse movimento no país vizinho pode causar impactos nos mercados financeiros da região, fato que não passa despercebido pelas autoridades brasileiras.
Com isso, a reunião entre Lula, Campos Neto e Haddad se mostrou fundamental para promover uma maior convergência de objetivos entre as partes envolvidas, buscando a adoção de medidas econômicas eficazes e preservando a estabilidade do país.
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