Reunião entre Haddad e secretário do Tesouro dos EUA visa negociar tarifas sobre exportações e discutir questões políticas bilaterais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que se reunirá virtualmente com Scott Bessent, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, no dia 13 de setembro. A pauta principal desse encontro envolve a tarifa de 50% que incide sobre parte das exportações brasileiras para o mercado americano. Além deste ponto central, Haddad destacou que também pode ser abordada a aplicação da Lei Magnitsky em relação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em suas declarações, Haddad expressou a importância de uma comunicação qualitativa durante essa reunião, que poderá dar origem a um encontro físico no futuro. Ele ressaltou que, caso a conversa com Bessent seja positiva, haveria a possibilidade de um diálogo presencial, com o intuito de fortalecer os laços entre Brasil e Estados Unidos, que historicamente têm um relacionamento que se estende por aproximadamente 200 anos. “Neste momento, é fundamental que a política seja tratada como política”, afirmou Haddad, aludindo à necessidade de um entendimento mais profundo entre os dois países.

O ministro reiterou que a administração brasileira busca promover um ambiente propício para negociações, visando superar um desentendimento que, segundo ele, foi gerado por fatores ligados à extrema-direita no Brasil. Ele ainda manifestou sua preocupação com os desdobramentos causados pela família do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos.

Haddad comentou sobre uma entrevista de Eduardo Bolsonaro, onde o deputado fez declarações contundentes ao Congresso Nacional, reafirmando que o setor agropecuário brasileiro está parado e sem contatos significativos com ele para buscar uma diminuição das tensões entre os dois países. O ministro enfatizou que é adequado e fundamental separar as questões políticas das econômicas, pois a intersecção dessas áreas tem gerado complicações nas relações bilaterais. “É preciso distensionar as relações e entender que política é política e economia é economia”, concluiu. Essa postura do governo brasileiro enfatiza a urgência de restabelecer um diálogo construtivo e eficaz nas relações internacionais.

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