Segundo informações reveladas durante o julgamento, a motivação do crime estaria relacionada à profissão da vítima. Antônio trabalhava como segurança em um shopping da capital e, por conta desse exercício profissional, tinha muitos contatos com policiais militares. Esses policiais passaram a realizar rondas mais frequentes no bairro, o que teria desagradado o tráfico local e ocasionado o atentado.
O magistrado, ao calcular a pena, levou em consideração as consequências graves do delito. O ataque deixou Antônio com sérios problemas de saúde, que o obrigaram a se aposentar de seu trabalho. O filho da vítima, em seu depoimento, relatou que o disparo atingiu o pâncreas de Antônio e descontrolou sua diabetes, além de ter desenvolvido problemas cardíacos.
A pena determinada pelo juiz deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. Entretanto, o réu terá o direito de recorrer em liberdade, uma vez que a prisão preventiva não foi solicitada pelo Ministério Público.
O crime ocorreu no dia 30 de dezembro de 2010, quando a vítima foi abordada por dois indivíduos que aparentavam estar interessados em saber sobre a criminalidade da região. Antônio respondeu que estava atento a tudo que acontecia. Em resposta, um dos agressores teria dito “olha o que mandaram para você”, sacando sua arma de fogo junto com o comparsa e efetuando diversos disparos a curta distância, deixando a vítima gravemente ferida.
O julgamento do réu Wallison Oliveira dos Santos, que foi condenado pela tentativa de homicídio, reforça a importância de se combater a impunidade e garantir a justiça para as vítimas de crimes violentos. A sentença proferida pelo juiz Mário de Medeiros Rocha Filho demonstra o compromisso do poder judiciário em assegurar a paz e a segurança da sociedade alagoana. Agora, cabe ao réu e à sua defesa avaliarem a possibilidade de interpor recurso e buscar a revisão da decisão.