José Gomes, que estava foragido por 25 anos, foi preso em novembro de 2024. O crime, que ocorreu em fevereiro de 1997 no Povoado Serra do Cavalo, foi desencadeado por uma discussão entre o réu e a vítima relacionada à venda de uma televisão. Em um ato premeditado, José Gomes se escondeu e aguardou a passagem de Maria, que estava com familiares, para então lhe disparar um tiro de espingarda pelas costas. O ato se deu enquanto a mulher carregava uma sobrinha de apenas um ano de idade em seus braços.
Durante a aplicação da pena, o juiz destacou o alto grau de culpabilidade demonstrado pelo réu ao planejar o crime e a gravidade da situação que ele criou ao agir na presença de crianças, resultando na orfandade de quatro filhos menores. O magistrado enfatizou que a libertação do réu poderia ter consequências graves, como a sensação de impunidade, especialmente em virtude do longo período em que ele permaneceu foragido.
O juiz fez referência à soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, afirmando que a imediata prisão do condenado era necessária, negando também o direito de recorrer em liberdade. Essa escolha reflete uma preocupação com a percepção pública da justiça e a necessidade de garantir que a punição para atos de violência como este sejam efetivas e rigorosas.
Esse caso complexo deixa um impacto profundo na comunidade local, onde o crime ocorreu, e serve como um lembrete sombrio da violência que persiste em certas regiões. A condenação de José Gomes Teixeira não só é uma resposta à tragédia vivida pela família de Maria das Graças, mas também uma afirmação do compromisso das autoridades judiciais em enfrentar a impunidade e zelar pela segurança pública.