Réu é condenado a 15 anos de prisão por assassinato premeditado em Água Branca; crime deixou quatro crianças órfãs.

Em uma decisão significativa, o réu José Gomes Teixeira foi condenado a uma pena de 15 anos, 7 meses e 17 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, após ser julgado pelo assassinato de Maria das Graças dos Santos Martins. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (12) e foi conduzido pelo juiz Marcos Vinícius Linhares, da Comarca de Água Branca.

José Gomes, que estava foragido por 25 anos, foi preso em novembro de 2024. O crime, que ocorreu em fevereiro de 1997 no Povoado Serra do Cavalo, foi desencadeado por uma discussão entre o réu e a vítima relacionada à venda de uma televisão. Em um ato premeditado, José Gomes se escondeu e aguardou a passagem de Maria, que estava com familiares, para então lhe disparar um tiro de espingarda pelas costas. O ato se deu enquanto a mulher carregava uma sobrinha de apenas um ano de idade em seus braços.

Durante a aplicação da pena, o juiz destacou o alto grau de culpabilidade demonstrado pelo réu ao planejar o crime e a gravidade da situação que ele criou ao agir na presença de crianças, resultando na orfandade de quatro filhos menores. O magistrado enfatizou que a libertação do réu poderia ter consequências graves, como a sensação de impunidade, especialmente em virtude do longo período em que ele permaneceu foragido.

O juiz fez referência à soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, afirmando que a imediata prisão do condenado era necessária, negando também o direito de recorrer em liberdade. Essa escolha reflete uma preocupação com a percepção pública da justiça e a necessidade de garantir que a punição para atos de violência como este sejam efetivas e rigorosas.

Esse caso complexo deixa um impacto profundo na comunidade local, onde o crime ocorreu, e serve como um lembrete sombrio da violência que persiste em certas regiões. A condenação de José Gomes Teixeira não só é uma resposta à tragédia vivida pela família de Maria das Graças, mas também uma afirmação do compromisso das autoridades judiciais em enfrentar a impunidade e zelar pela segurança pública.

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