Residências chefiadas por mulheres aumentam 10% em 12 anos, conforme Censo Demográfico 2022 do IBGE, equiparando-se à liderança masculina.

O número de residências chefiadas por mulheres no Brasil apresentou um crescimento significativo nos últimos 12 anos, de acordo com os resultados do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, aproximadamente 72.522.372 unidades domésticas são lideradas por mulheres, representando um aumento de cerca de 10% em relação ao último censo.

Essa é a primeira vez que o número de lares chefiados por mulheres se equipara ao de lares chefiados por homens. Anteriormente, no Censo de 2010, a proporção de homens como responsáveis era significativamente maior do que a de mulheres, com 61,3% contra 38,7%. No entanto, o crescimento observado no último levantamento mostra uma mudança importante nesse panorama.

Em 10 estados brasileiros, o percentual de mulheres responsáveis pelas unidades domésticas ultrapassou os 50%, sendo eles: Pernambuco, Sergipe, Maranhão, Amapá, Ceará, Rio de Janeiro, Alagoas, Paraíba, Bahia e Piauí. A predominância dessas mulheres chefes de família se concentra principalmente na região Nordeste do país, de acordo com a analista Luciene Longo.

Por outro lado, os menores percentuais de lares chefiados por mulheres foram observados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. A tendência de aumento da proporção de unidades domésticas com mulheres como responsáveis também foi verificada nesses estados, acompanhando o movimento geral do país.

Os dados do Censo revelam, portanto, uma mudança significativa no perfil dos lares brasileiros, com um crescimento expressivo na quantidade de residências chefiadas por mulheres. Esse cenário reflete não apenas uma evolução na estrutura familiar, mas também uma maior participação feminina na gestão e tomada de decisões nos lares do país.