O episódio foi marcado pela tentativa de obstrução por parte de cerca de 30 legisladores do partido governista Poder Popular, além de outros apoiadores do presidente que gritavam “mandato ilegal!” em meio a agitação de bandeiras sul-coreanas. Diante desse cenário, a polícia destacou cerca de 3 mil policiais para garantir o acesso à residência e o escritório anticorrupção alertou que qualquer tentativa de obstruir a execução do mandato resultaria em detenção.
Essa foi a segunda tentativa de prisão de Yoon Seok-yul, após uma tentativa anterior em que os seguranças presidenciais haviam se recusado a permitir a entrada dos policiais com o mandado. O partido oposicionista Democrático acusou os militares responsáveis pela segurança de Yoon de estarem preparados para usar munições letais para conter a execução da ordem judicial, o que foi categoricamente negado pelo serviço de segurança presidencial.
O presidente afastado é acusado de abuso de poder e insurreição, após ter declarado lei marcial e utilizado o Exército para impedir a reversão de seu decreto pelos legisladores. Esta ação foi vista como um “autogolpe” pela oposição, resultando na abertura de um processo de impeachment que está em curso na Corte Constitucional da Coreia.
Caso a ordem do tribunal seja cumprida, Yoon Seok-yul se tornará o primeiro presidente em exercício da história da República da Coreia a ser preso durante seu mandato. A residência presidencial foi transformada em uma verdadeira “fortaleza”, com arames farpados e barricadas instaladas ao redor do imóvel para garantir a segurança do ex-promotor de justiça.