De acordo com informações de fontes militares, a taxa de alistamento de reservistas caiu cerca de 15% após as operações iniciais contra o Hamas, indicando um crescente esgotamento entre os soldados. Este fenômeno é considerado alarmante, uma vez que a resistência dos reservistas é crítica para a manutenção das operações militares em andamento. Muitos deles vêm enfrentando dificuldades financeiras e profissionais, tendo perdido negócios devido às longas ausências exigidas pelo serviço.
Além disso, a atmosfera de indignação tem sido exacerbada por um projeto de lei que busca isentar uma parte dos homens ultraortodoxos do serviço militar, o que gerou um descontentamento generalizado entre aqueles que são chamados a lutar. Essa situação levanta questões sobre a equidade do sistema de recrutamento e a pressão sobre os reservistas, que se sentem cada vez mais pressionados a cumprir com suas obrigações enquanto suas vidas civis permanecem em pausa.
Em resposta a essa crise de desmotivação, as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão considerando a extensão do serviço militar obrigatório para três anos, como foi até 2015, e mudanças nas regras que governam os períodos de serviço dos reservistas. Atualmente, os homens servem 32 meses e as mulheres, dois anos, mas a proposta de reavaliação do tempo de serviço reflete a urgência das autoridades em garantir que o contingente militar permaneça robusto.
Além disso, as operações militares não se limitam a Gaza. Desde o início de outubro, Israel também tem conduzido uma ofensiva terreste contra o Hezbollah no sul do Líbano, acompanhada de ataques aéreos frequentes. O governo israelense alega que seu objetivo principal é criar condições seguras para o retorno de cerca de 60.000 residentes que foram forçados a deixar suas casas devido ao conflito. Nesse panorama, a determinação dos reservistas e a capacidade do Exército de Israel de continuar sua luta se tornaram fundamentais, enquanto o país enfrenta um contexto de crescente cansaço em relação à guerra.