Esse não é o primeiro pedido de recuperação judicial da OSX. Em 2013, a empresa já havia enfrentado uma situação semelhante, com dívidas que chegavam a R$ 5,3 bilhões. Naquela ocasião, o pedido foi aceito e concluído em 2020, depois de um acordo com os credores. No entanto, o segundo pedido de recuperação judicial ainda aguarda decisão da Justiça.
A situação se agravou após a empresa receber uma cobrança de R$ 400 milhões da Prumo, controladora do Porto do Açú, com a qual a OSX tinha um acordo de suspensão de dívida. Para evitar essa cobrança, a empresa solicitou à 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro a suspensão dos pedidos de pagamento dos credores por 60 dias, prazo que acabou se encerrando e motivando o novo pedido de recuperação judicial.
De acordo com um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa justificou o pedido de recuperação judicial como uma medida para evitar danos irreversíveis ao Grupo OSX. Até o terceiro trimestre de 2023, a empresa já acumulava um prejuízo de R$ 621 milhões no ano, mostrando a gravidade da situação financeira da companhia.
A OSX é a única empresa do “Grupo X” que ainda está sob o controle de Eike Batista, que já esteve no ranking das pessoas mais ricas do mundo. No entanto, com a crise financeira enfrentada pela empresa, o empresário encontra-se em uma situação delicada em relação aos negócios do grupo.
A justiça ainda não se pronunciou sobre o novo pedido de recuperação judicial da OSX, mas a situação da empresa evidencia os desafios enfrentados no setor naval e a necessidade de buscar alternativas para a reestruturação das empresas nesse ramo.
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