A primeira e mais significativa contribuição foi de R$ 300 mil, realizada pelo advogado Lauro José Bracarense Filho no dia 9 de janeiro, quando a candidatura de Motta já era considerada quase garantida. Bracarense é um advogado renomado, atuando em importantes casos no Supremo Tribunal Federal, incluindo disputas de grandes empresas como Oi e Samarco. Sua decisão de contribuir financeiramente para Motta é vista como uma estratégia para alinhar-se a uma figura política ascendente.
Além de apoiar a candidatura de Motta, Bracarense teve um papel ativo nas eleições de 2024, onde contribuiu para pelo menos 28 candidatos, sendo que sua maior doação foi destinada a Dinis Pinheiro, um ex-deputado estadual que saiu vitorioso na corrida pela Prefeitura de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Outra doação relevante ao Republicanos foi feita pelo empresário Carlos Geo Quick, que é um dos doadores frequentes nas campanhas eleitorais no Brasil. O empresário doou R$ 200 mil ao partido no dia 10 de fevereiro, após a eleição de Motta, que ocorreu no dia 1º do mesmo mês. Quick também investiu em outras campanhas: ele destinou R$ 200 mil para Fuad Noman, que se candidatou à Prefeitura de Belo Horizonte, e mais R$ 20 mil para Lucas Gonzalez, do partido Novo, que não conseguiu se reeleger nas últimas eleições.
Essas movimentações financeiras refletem a dinâmica das doações políticas no Brasil e levantam questões sobre o impacto que elas podem ter nas decisões e ações dos representantes eleitos. A capacidade de atrair investimento político é um fator crítico para aqueles que buscam posições de liderança e influência na política nacional.