Representantes de engenharia e agronomia se reúnem em Pernambuco para discutir retomada da ferrovia Transnordestina e elaborar propostas para viabilizar conclusão.



No último dia 19, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) teve uma reunião histórica em Pernambuco para discutir a retomada das obras da ferrovia Transnordestina, que atinge os estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Na ocasião, o grupo intitulado como “Movimento Transnordestina Já”, formado por representantes dos Creas, Sinduscon-PE, Federação da Indústria, Clube de Engenharia, Sinaenco, OAB, e governos estaduais, decidiu produzir um documento conjunto, liderado pelo Crea-PE, com propostas para viabilizar a finalização da ferrovia. Esse documento será entregue ao Ministro dos Transportes, Renan Filho, e às bancadas estaduais e federais dos quatro estados.

A engenheira civil Rosa Tenório, presidente do Crea-AL, destacou a importância da cooperação entre os estados para fortalecer a economia do Nordeste. Durante a reunião realizada na sede do Sinduscon-PE, ela enfatizou a necessidade de solicitar mais investimentos do Governo Federal.

“É uma cobrança necessária que vamos fazer ao Governo Federal para a construção de uma malha ferroviária que integre o Nordeste. Aqui, na sede do Sinduscon-PE, estamos conhecendo a fundo o projeto e discutindo tecnicamente. Precisamos reforçar o quanto é fundamental o investimento nesse tipo de transporte, principalmente pela segurança que ele oferece. Vamos unir esforços para que essa discussão chegue ao Ministério dos Transportes e também ao Congresso Nacional”, ressaltou Rosa Tenório.

O “Movimento Transnordestina Já” recebeu informações sobre o atual estado da ferrovia e foi orientado sobre possíveis propostas para a criação do documento pelos integrantes do Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Conselho, os engenheiros civis Maurício Pina e Carlos Calado; e o sócio da TGI Consultoria, Francisco Cunha.

Os principais pontos do documento incluem a exigência do cumprimento das obrigações legais pela concessionária TLSA para a devolução da malha ferroviária dos quatro estados; a aceleração de uma nova concessão; a integração da malha ferroviária com a Bahia e a conexão com a ferrovia Norte/Sul.

“O interesse privado deve ser respeitado, mas não pode se sobressair sobre os interesses da sociedade”, afirmou o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, que também enfatizou a importância da participação dos Creas dos quatro estados na luta pela retomada da ferrovia.

A construção da Transnordestina teve início em 2006 e, inicialmente, deveria ser concluída em 2010. Quando foi lançada, foi considerada a maior obra de infraestrutura do Nordeste e uma das maiores do Brasil. Agora, com a mobilização do “Movimento Transnordestina Já”, espera-se um progresso significativo em direção à concretização dessa importante ferrovia para o desenvolvimento da região.

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