Represa desaba no Quênia, matando dezenas e deixando desaparecidos; autoridades inspecionam represas para evitar futuros incidentes.

Uma tragédia abalou o Quênia nesta segunda-feira, com a quebra de uma represa no oeste do país resultando na morte de pelo menos 45 pessoas e deixando dezenas desaparecidas. A Represa Old Kijabe, localizada na região do Grande Vale do Rift, cedeu durante a madrugada, causando um desastre de grandes proporções.

Os efeitos da ruptura da represa foram devastadores, com a água transbordando rio abaixo e arrastando consigo lama, rochas e árvores arrancadas. Casas foram varridas, veículos ficaram presos nos destroços e uma importante estrada foi bloqueada, dificultando o acesso e a ajuda às vítimas. Paramédicos correu para socorrer os feridos enquanto a Cruz Vermelha do Quênia divulgava informações alarmantes: 109 pessoas hospitalizadas e outras 49 desaparecidas.

O cenário de destruição era assustador, com relatos de moradores que acordaram com um estrondo alto e viram suas casas sendo invadidas pela água. As fortes chuvas que têm atingido o país desde março contribuíram para a tragédia, que ainda resultou no adiamento da abertura das escolas.

Diante do caos, o Ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, determinou a inspeção de todas as represas públicas e privadas no prazo de 24 horas, visando prevenir futuros incidentes. Além disso, a Autoridade Nacional de Rodovias emitiu alertas aos motoristas sobre o tráfego intenso e os detritos que bloquearam as estradas em algumas regiões.

A situação calamitosa não se restringiu ao Quênia, abrangendo também outros países da região leste da África. A Tanzânia registrou 155 mortes devido às inundações e mais de 200 mil pessoas foram afetadas no Burundi. No norte do Quênia, um barco virou e provocou mais desaparecidos, enquanto o principal aeroporto do país foi inundado, resultando em desvios de voos e transtornos para os viajantes.

O presidente William Ruto tomou medidas para ajudar os afetados, instruindo o Serviço Nacional da Juventude a disponibilizar terras para servir de acampamento temporário. O cenário de destruição e desespero nas comunidades atingidas pelas inundações demanda esforços conjuntos para aliviar o sofrimento das vítimas e reconstruir o que foi perdido. A solidariedade e a união serão fundamentais para enfrentar os desafios que se apresentam nesse momento de crise.

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