Repasse milionário de políticos do DF para ONG de Maceió tem digital de deputado Alberto Fraga, diz coluna. Deputado promete cancelar emenda se irregularidades forem comprovadas.



O repasse milionário de R$ 26 milhões de políticos do Distrito Federal para uma ONG localizada em Maceió, Alagoas, está sendo investigado e tem como principal articulador o deputado federal Alberto Fraga, do PL. Em entrevista à coluna, Fraga admitiu ter sido procurado por membros da organização, que apresentaram um projeto para destinação das emendas parlamentares.

Segundo o parlamentar, a escolha da ONG Econacional se deu pela suposta expertise da entidade em promover capacitação e inclusão social. No entanto, quando questionado sobre detalhes dessa “expertise”, Fraga afirmou não se lembrar. Além disso, ele afirmou que outros dois deputados federais também endossaram o projeto, mas não soube informar quem seriam esses colegas.

É importante ressaltar que o presidente da ONG, Ramalho Souza Alves, foi alvo de uma operação da Polícia Federal em agosto do ano passado, que investigava desvios de recursos públicos no Tocantins durante a pandemia de Covid-19. O repasse das emendas do DF para a ONG foi formalizado em dezembro, quatro meses após a operação policial.

Diante das polêmicas envolvendo a ONG escolhida, Fraga afirmou que, se as irregularidades forem comprovadas, irá cancelar a emenda. Ele também destacou a importância dos projetos aprovados em atender milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal.

As emendas de bancada, que financiaram o repasse milionário para a ONG em Alagoas, têm como característica a falta de transparência e a divisão informal dos recursos entre os parlamentares. Esse modelo de repasse, conhecido como o “novo orçamento secreto”, tem sido alvo de críticas e investigações, com o objetivo de promover maior transparência nos investimentos públicos.

A situação levanta questionamentos sobre a destinação de recursos públicos e a responsabilidade dos parlamentares na escolha de entidades beneficiadas por emendas parlamentares. A falta de clareza e a falta de prestação de contas adequada sobre o destino desses recursos indicam a necessidade de uma maior transparência e controle por parte dos órgãos fiscalizadores.

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