Um dos protagonistas dessa edição é Alano Rocha, estilista e instrutor do Senac Alagoas, que traz em sua bagagem a rica tradição do sertão alagoano, originário de Santana do Ipanema. Para Rocha, o Renda-se não apenas celebra a moda, mas também a potência criativa de Alagoas. “Esse evento se consolidou como um dos maiores projetos de moda do Nordeste, destacando talentos locais e enfatizando técnicas como o filé e o bordado livre”, afirmou. Ele participa pela segunda vez e revela como a experiência de unir a confecção de sua coleção com a atividade docente tem sido enriquecedora. “O apoio do Senac é fundamental, permitindo que leve essa experiência para minhas alunas. Três delas estão colaborando na construção da coleção, e é gratificante vê-las evoluir no ofício”, completa.
A aluna Graciela Souza, que frequenta o curso de Modelista do Senac, também faz parte dessa jornada. Para ela, a oportunidade de contribuir em um festival desse porte enquanto ainda estudante é inestimável. “Estamos indo além do aprendizado técnico, explorando costuras manuais e ampliando nossa visão sobre a Moda. Sinto-me mais preparada para encarar novos desafios após essa experiência”, revelou.
O Projeto Renda-se, que dá vida ao festival, nasceu com o intuito de transformar o cenário da moda em Alagoas, equilibrando tradição e inovação. Em cinco anos, solidificou-se como uma iniciativa de grande impacto, que valoriza o conceito de “feito à mão”, resgata saberes culturais e fortalece a identidade local por meio da moda. Ao investir no trabalho artesanal, o Renda-se promove uma mudança social e econômica significativa, impulsionando novos talentos e fomentando a economia criativa no estado. Acreditar no artesanal é acreditar no futuro da moda alagoana, traduzindo história e cultura em cada peça criada.