Remédio anti-inflamatório pode reduzir risco de recidiva em pacientes com câncer de intestino, aponta estudo clínico.

Um estudo clínico recente trouxe resultados promissores para o tratamento do câncer de intestino, especialmente para pacientes em estágio avançado da doença. A pesquisa mostrou que a inclusão de um remédio anti-inflamatório chamado celecoxibe no tratamento quimioterápico pode reduzir significativamente os riscos de recidiva do tumor em alguns pacientes.

O celecoxibe, que já é utilizado no tratamento da artrite reumatoide, apresentou resultados positivos em pacientes com câncer de cólon, a porção final do intestino. A sobrevida saudável desses pacientes foi significativamente aumentada com a inclusão deste medicamento no tratamento pós-operatório.

Os resultados foram apresentados por pesquisadores do Dana-Farber Brigham Cancer Center, nos Estados Unidos. Destaca-se que a presença de DNA tumoral circulante (ctDNA) no pós-operatório é um marcador de maior risco de recidiva do câncer de intestino. No entanto, os pacientes que receberam celecoxibe em combinação com a quimioterapia padrão apresentaram uma melhora considerável na sobrevida livre de doença.

O estudo, iniciado em 2010, não havia demonstrado anteriormente um benefício estatisticamente significativo do celecoxibe para todos os pacientes com câncer de intestino. No entanto, avanços na detecção de ctDNA permitiram identificar subgrupos que podem se beneficiar do tratamento, como aqueles com ctDNA positivo.

A análise dos participantes do estudo com ctDNA positivo após as cirurgias revelou que aqueles tratados com celecoxibe viveram mais tempo sem a recorrência do tumor em comparação com aqueles que receberam apenas quimioterapia. Esses resultados sugerem que a inclusão do anti-inflamatório no tratamento pode ser uma estratégia eficaz para reduzir os riscos de retorno do câncer de intestino.

Este estudo destaca a importância da pesquisa contínua no desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para o câncer de intestino e traz esperança para pacientes em estágios avançados da doença. A inclusão do celecoxibe no tratamento quimioterápico representa um avanço significativo na luta contra o câncer de intestino e pode impactar positivamente a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.

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