Relatórios da CLDF e da PF apontam diferentes grupos de indiciados em atos antidemocráticos e tentativa de golpe em 2022.



A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou recentemente o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) referente aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O documento apontou a atuação de 133 pessoas em diversos crimes, sendo a maioria delas bolsonaristas que invadiram prédios públicos e foram presas durante os ataques.

Porém, cerca de um ano após esses acontecimentos, a Polícia Federal (PF) concluiu um inquérito que investigava uma tentativa de golpe de Estado em 2022, com resultados bem distintos. Entre os 37 indiciados no inquérito da PF, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

No entanto, dos 133 nomes indiciados pela CLDF, apenas três ocupavam cargos públicos, com destaque para Fernando de Souza Oliveira, então secretário interino da Segurança Pública e da Paz Social, e a coronel Cíntia Queiroz de Castro, subordinada de Souza. O relatório final da comissão deixou de fora figuras importantes como a alta cúpula da Polícia Militar do DF e membros das Forças Armadas.

As investigações realizadas pela PF revelaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, resultando na identificação de seis núcleos distintos. Esses resultados foram obtidos ao longo de quase dois anos, com quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaborações premiadas, buscas e apreensões, entre outras medidas autorizadas pelo Poder Judiciário.

Por sua vez, a CPI dos Atos Antidemocráticos realizada pela CLDF durou nove meses e ouviu 31 pessoas, incluindo autoridades, ex-ministros, generais, membros da Polícia Militar e figuras-chave nos eventos. Após a votação do relatório, o documento foi encaminhado para órgãos competentes, como o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União, para possíveis desdobramentos no caso.

Portanto, os desdobramentos destas investigações demonstram a gravidade dos acontecimentos ocorridos em 2022 e a importância de um trabalho conjunto para o fortalecimento da democracia e a garantia do Estado de Direito.

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