Relatório da PF indicia 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, por tentativa de golpe, organização criminosa e disseminação de fake news.



O relatório final da Polícia Federal (PF) trouxe à tona uma investigação que resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, por crimes graves como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O documento revelou a existência de um grupo denominado “grupo dos malucos”, responsável por desestabilizar o sistema eleitoral brasileiro e difamar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da disseminação de fake news.

Liderado por Marcelo Araújo Bormevet, ex-segurança de Bolsonaro, o grupo atuava com o apoio de Alexandre Ramagem e Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército Brasileiro cedido à Abin. A intenção era semear a desconfiança nas urnas eletrônicas e fomentar a narrativa de fraude eleitoral para justificar um golpe, além de difamar os ministros do STF, associando-os a ações ilegais.

Utilizando o WhatsApp e redes sociais como o antigo Twitter, o grupo propagava rapidamente as fake news. Barroso e Fux eram os principais alvos do grupo, que chegou a criar e disseminar uma notícia falsa envolvendo um sobrinho de Luís Roberto Barroso em irregularidades na empresa Positivo, fabricante de urnas eletrônicas.

As investigações também revelaram a coordenação entre o grupo dos malucos e o núcleo central da trama golpista, incluindo trocas de mensagens entre Bormevet e Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. Além dos crimes mencionados, Bormevet é alvo de outro inquérito relacionado à espionagem ilegal de autoridades por meio de dados da Abin, na chamada Abin Paralela.

A complexa rede de crimes e ações ilícitas reveladas pelo relatório da PF colocam em xeque a democracia brasileira e evidenciam a gravidade das tentativas de desestabilização do país por parte de grupos organizados. O desdobramento dessas investigações certamente terá impactos profundos na política nacional e na maneira como lidamos com a disseminação de desinformação e fake news. A sociedade aguarda por justiça e transparência diante de tais revelações alarmantes.

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