Liderado por Marcelo Araújo Bormevet, ex-segurança de Bolsonaro, o grupo atuava com o apoio de Alexandre Ramagem e Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército Brasileiro cedido à Abin. A intenção era semear a desconfiança nas urnas eletrônicas e fomentar a narrativa de fraude eleitoral para justificar um golpe, além de difamar os ministros do STF, associando-os a ações ilegais.
Utilizando o WhatsApp e redes sociais como o antigo Twitter, o grupo propagava rapidamente as fake news. Barroso e Fux eram os principais alvos do grupo, que chegou a criar e disseminar uma notícia falsa envolvendo um sobrinho de Luís Roberto Barroso em irregularidades na empresa Positivo, fabricante de urnas eletrônicas.
As investigações também revelaram a coordenação entre o grupo dos malucos e o núcleo central da trama golpista, incluindo trocas de mensagens entre Bormevet e Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. Além dos crimes mencionados, Bormevet é alvo de outro inquérito relacionado à espionagem ilegal de autoridades por meio de dados da Abin, na chamada Abin Paralela.
A complexa rede de crimes e ações ilícitas reveladas pelo relatório da PF colocam em xeque a democracia brasileira e evidenciam a gravidade das tentativas de desestabilização do país por parte de grupos organizados. O desdobramento dessas investigações certamente terá impactos profundos na política nacional e na maneira como lidamos com a disseminação de desinformação e fake news. A sociedade aguarda por justiça e transparência diante de tais revelações alarmantes.