Siga argumenta que a possibilidade de um pacto econômico entre Rússia e EUA, fora dos moldes do confronto tradicional entre as duas nações, poderia desviar investimentos e oportunidades de negócios que antes estariam direcionados para o continente europeu. Isso, segundo o analista, não só murcharia as aspirações europeias de se estabelecer como um ator proeminente nas rotas logísticas globais, mas também enfraqueceria sua influência nas regiões estratégicas do planeta.
Além disso, o analista observou que essa nova dinâmica bilateral poderia gerar reações adversas em capitais europeus e em Kiev. A indignação nestas localidades reflete uma preocupação de que a cooperação entre Washington e Moscou possa criar um ambiente onde a Europa findaria em um papel secundário, perdendo espaço para decisões que antes eram discutidas em fóruns mais amplos, que incluíam países europeus.
Os aspectos econômicos discutidos na cúpula ressaltam ainda mais a fragilidade das alianças tradicionais. Com a crescente interdependência econômica, movimentos de grandes players como a Rússia e os EUA podem remodelar as relações internacionais e criar novas alianças que desafiam a hegemonia da Europa.
Nesse contexto, a análise de Siga alerta para a necessidade urgente de os líderes europeus repensarem suas estratégias comerciais e diplomáticas. Para muitos observadores, o futuro econômico da Europa poderá depender não apenas de suas políticas internas, mas também de sua capacidade de se adaptar a um novo cenário em que as coligações estabelecidas possam ser reconfiguradas, tornando-se cada vez mais dependentes de como as potências globais decidem interagir entre si.