A operação Overclean gerou apreensão entre políticos após a PF confiscar R$ 1,5 milhão, anotações e planilhas em um avião que viajava de Salvador para Brasília. Esse material embasou pedidos de prisões na segunda fase da operação contra suspeitos de desvios em contratos com municípios da Bahia. A PF segue analisando as informações coletadas nas fases anteriores e no avião em busca dos beneficiários dos desvios já identificados em contratos públicos.
O União Brasil, liderado por Antonio de Rueda, conta com três ministros na Esplanada (Comunicações, Turismo e Integração Nacional), que têm integrantes com conexões com os investigados. Fotos e postagens nas redes sociais mostram Rueda em eventos com José Marcos de Moura, apelidado de Rei do Lixo na Bahia e identificado como um dos principais membros da suposta organização criminosa. Moura também é empresário e faz parte dos quadros do União Brasil.
Além disso, figuras políticas como Davi Alcolumbre, Elmar Nascimento, ACM Neto e Bruno Reis estão sendo mencionadas no contexto da Operação Overclean. Alcolumbre, favorito para presidir o Senado Federal, teve sua chefe de gabinete citada em conversas entre investigados, que indicam possíveis vínculos com atividades ilícitas. Elmar Nascimento, deputado federal, teve um primo preso na operação, enquanto ACM Neto e Bruno Reis têm suas administrações municipais investigadas por ligação com as empresas sob investigação.
Diante desses desdobramentos, a operação Overclean continua a atrair a atenção da opinião pública e do meio político, com a revelação de conexões inesperadas entre autoridades e indivíduos envolvidos em atos suspeitos. O desenrolar dessas investigações promete impactar o cenário político e jurídico do país nos próximos meses, evidenciando a importância do combate à corrupção e à malversação de recursos públicos.
