A proposta envolve a transferência de migrantes atualmente alojados em hotéis utilizados como centros de acolhimento temporário para as instalações militares, que são consideradas mais adequadas e econômicas. Essa mudança é parte de um esforço maior do governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Keir Starmer, para reformular a política de imigração e solucionar os desafios logísticos e financeiros que a crise migratória impõe.
Nos últimos anos, o número de migrantes que optam por essa rota perigosa tem crescido exponencialmente. Somente em 2022, mais de 45 mil pessoas chegaram ao Reino Unido por meio de travessias. Em 2023, o número se manteve elevado, com cerca de 36,8 mil registros até agora, evidenciando um aumento de 25% em relação ao ano anterior. O governo britânico enfrenta um gasto diário de milhões de libras para manter os migrantes em hotéis, o que tem gerado pressão por soluções mais sustentáveis.
Além de abrigar migrantes em quartéis militares, o governo britânico está buscando firmar acordos com outros países europeus, como a Alemanha e a França, para implementar trocas de migrantes e outras formas de colaboração na gestão das solicitações de asilo. Essas medidas são vistas como uma tentativa de regularizar a situação e aliviar a carga sobre o sistema de imigração britânico.
Com o aumento da tensão política em torno do tema da imigração, essas novas diretrizes e acordos são esperados tanto para a segurança dos migrantes quanto para a ordem pública, refletindo a complexidade e a urgência que envolve a atual crise migratória na Europa. À medida que os detalhes do plano são revelados, o debate sobre imigração promete se intensificar, envolvendo questões éticas e práticas em um cenário já marcado por descontentamentos e desafios sociais.