Dentre os navios que deixarão de operar, destacam-se os navios de assalto anfíbios HMS Albion e HMS Bulwark, além de grandes navios auxiliares como RFA Wave Knight e RFA Wave Ruler, que desempenham papel vital no suporte logístico da Marinha britânica. A fragata HMS Northumberland também será descomissionada. Em complemento a essa redução, o Exército retirará de serviço 14 helicópteros de transporte Chinook, 17 helicópteros Puma e 46 drones Watchkeeper, que, embora lançados em 2010, já estão obsoletos e serão descontinuados em março do próximo ano.
Healey também anunciou uma injeção de £2,9 bilhões (aproximadamente R$ 21,2 bilhões) no orçamento de Defesa para o período de 2025-2026, com a expectativa de que esse investimento ajude a estabilizar a atenuação de problemas financeiros que afligem as Forças Armadas. A intenção é alcançar um objetivo de gastos de 2,5% do PIB em defesa a longo prazo. No entanto, o secretário de Defesa sugeriu que essa pode não ser a última palavra em cortes, indicando que mais ativos militares podem enfrentar o mesmo destino.
Esse anúncio ocorre em um contexto de realidade alarmante: o Serviço de Auditoria do Reino Unido revelou, em dezembro passado, um déficit orçamentário nas Forças Armadas que chega a £16,9 bilhões (cerca de R$ 123,6 bilhões). Esse cenário é ainda mais preocupante quando se considera que o governo planeja um aumento significativo de £46,3 bilhões (aproximadamente R$ 338,8 bilhões) entre os anos de 2023 e 2033.
Portanto, a decisão do governo de reduzir significativamente sua capacidade militar não apenas reflete desafios orçamentários, mas também posiciona o Reino Unido em um cenário internacional cada vez mais tenso e volátil.