Após meses de articulações, o Progressistas (PP) e o União Brasil decidiram oficializar a criação de uma federação partidária. O anúncio da nova aliança, que será batizada de UP, está previsto para a próxima terça-feira. Juntas, as duas legendas reúnem atualmente 107 deputados federais, consolidando uma das maiores forças políticas do Congresso.
Nos bastidores, a principal disputa girava em torno de quem comandaria a federação. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tentou assumir a liderança do grupo, mas acabou derrotado pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda. Segundo aliados, Rueda não abriu mão de presidir a nova federação, especialmente com foco nas eleições gerais de 2026.
A escolha de Rueda representa uma queda de braço perdida por Lira, que, apesar de sua influência em Brasília, não conseguiu convencer os demais dirigentes partidários.
De acordo com fontes próximas à negociação, um dos pontos pacificados no acordo foi o respeito à proporcionalidade das bancadas na divisão dos recursos do fundo partidário e na definição das candidaturas nos estados. A expectativa é que a federação funcione como uma frente coesa, ampliando o poder de negociação dos partidos junto ao governo e nas disputas eleitorais regionais.
A formação da UP deve impactar diretamente as alianças e articulações de 2026, reposicionando o chamado Centrão no tabuleiro político nacional.
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