Reforma Tributária busca enfrentar obstáculo da alta carga tributária para exportações de manufaturados, afirma ministro Alckmin



Com a taxa de câmbio em torno de R$ 5,00 por dólar, o Brasil tem uma vantagem para exportar seus produtos manufaturados. No entanto, segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a alta carga tributária continua sendo um grande obstáculo para a competitividade dessas exportações.

Em um discurso durante o Enaex 2023, evento sobre comércio exterior, Alckmin afirmou que a Reforma Tributária é uma esperança para enfrentar esse problema. Ele destacou que a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituirá cinco impostos, desonerará investimentos e exportações.

No entanto, o vice-presidente reconheceu que a proposta da Reforma Tributária não está perfeita. Ele destacou que muitas empresas exportadoras têm direito a receber créditos tributários quando vendem seus produtos no exterior, mas muitas vezes esses valores se acumulam e as empresas não conseguem resgatá-los.

Alckmin também defendeu a celebração de acordos comerciais entre o Mercosul e outros blocos ou países, a desburocratização no comércio externo e o financiamento às exportações. Ele ressaltou a importância de desconcentrar a pauta de exportações do Brasil, que atualmente é dominada por produtos primários como soja, milho e petróleo.

No que se refere à taxa de câmbio, nesta quinta-feira, o dólar fechou em R$ 5,16, atingindo o maior patamar desde março. Durante o pregão, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,18, devido às incertezas em relação à inflação nos Estados Unidos.

Apesar dos desafios, Alckmin prevê que o Brasil registrará recordes de exportações e saldo comercial neste ano. O destaque será para os produtos primários, porém o vice-presidente ressaltou a importância de diversificar a pauta de exportações do país.

Em resumo, a alta carga tributária continua sendo um grande obstáculo para a competitividade das exportações de manufaturados do Brasil, apesar da taxa de câmbio favorável. A Reforma Tributária é vista como uma oportunidade para desonerar investimentos e exportações, porém ainda há ajustes a serem feitos. O país precisa também diversificar a pauta de exportações, além de buscar acordos comerciais e medidas de desburocratização para impulsionar o comércio exterior.

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