Segundo interlocutores do presidente, a troca na Secom não foi acompanhada pela saída de nenhum dos ministros palacianos, o que deixou claro que a alteração na chefia da comunicação não estava relacionada a uma reforma ministerial mais ampla, que é esperada somente após março. Este movimento inusitado indicou que uma demissão seguida de reintegração à Esplanada é improvável neste momento.
Apesar da saída de Pimenta da Secom e de seu período de férias que se segue, o ministro demonstrou interesse em permanecer no Executivo, o que abre espaço para novas conversas sobre seu futuro ocupando um novo cargo no governo. Caso não ocupe mais um posto na Esplanada, ele retornará ao seu mandato como deputado, e o PT já está buscando formas de acomodá-lo no Congresso Nacional.
Uma das opções consideradas pelo Planalto é a troca na liderança do governo na Câmara, com Pimenta assumindo o lugar de José Guimarães (PT-CE) caso este se torne ministro de uma pasta relevante, como Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Além disso, a suplente de Pimenta na Câmara, Reginete Bispo, já está sendo estudada para possíveis acomodações nos Ministérios das Mulheres ou do Desenvolvimento Agrário.
Essa movimentação na política nacional reflete a dinâmica do governo Lula 3, que já teve outras mudanças ministeriais importantes, como as saídas de nomes como o general Gonçalves Dias, a ministra do Esporte Ana Moser e o ex-ministro da Justiça Flávio Dino. Essas mudanças evidenciam a constante adaptação e reorganização do governo para atender às demandas e às circunstâncias políticas do país.
