Essas medidas estão forçando as empresas a buscarem alternativas mais viáveis, levando-as a considerar a compra de petróleo de países da América Latina e do Oriente Médio, com destaque para o Brasil e a Guiana, que, geograficamente, se tornam opções atraentes devido à sua proximidade geográfica. A análise aponta que essas refinarias estão especialmente interessadas em tipos de petróleo mais pesado que podem ser produzidos nessas regiões.
No entanto, a situação não se limita apenas a esses dois países. As refinarias americanas estão se voltando também para fornecedores em outras regiões, como o Iraque, embora este último forneça apenas uma quantidade limitada de petróleo sem destino fixo para a exportação. A possibilidade de negociar com a Venezuela, uma vez rica em reservas, permanece inviável devido às sanções econômicas impostas por Washington, que dificultam qualquer tipo de cooperação.
Além das complicações logísticas que surgem com essas mudanças, a Bloomberg observa que o aumento nas tarifas pode impactar significativamente os custos operacionais dessas refinarias. A expectativa é que os custos de transporte de petróleo aumentem entre US$ 3 e US$ 4 por barril, resultando em um considerável impacto financeiro.
Através dessa reconfiguração, o México também pode buscar novas oportunidades, enviando seu excedente de petróleo para os mercados da Europa e Ásia. O Canadá, por sua vez, talvez tenha que procurar novos compradores para seu petróleo no exterior. Assim, a imposição de tarifas não apenas afeta a relação comercial entre os Estados Unidos e seus vizinhos, mas também provoca repercussões diretas nas cadeias globais de suprimento e nos preços do petróleo.
Portanto, o cenário atual aponta para um período de adaptação e busca por novos parceiros comerciais por parte das refinarias norte-americanas, que enfrentam um novo conjunto de desafios logísticos e financeiros.
