De acordo com Carolina Esteves, superintendente substituta do Ibama-RJ, a situação é preocupante. “Identificamos contaminação no solo e na água subterrânea, e segundo a empresa, não há risco de contaminação nas áreas vizinhas”, afirmou Carolina em entrevista ao RJ2 da TV Globo. A responsabilidade pela resolução do problema recai sobre a Refit, que já assumiu a operação do local afetado. O Ibama destacou que, em um relatório anterior, a empresa se comprometeu a eliminar os resíduos em um prazo de nove anos.
Após a análise dos relatórios ambientais apresentados durante a vistoria, o Ibama planeja sugerir novas ações para a mitigação dos danos. Em resposta às preocupações levantadas, a Refit informou que, sob supervisão do Inea desde 2015, implementou medidas que resultaram na redução de mais de 98% da área contaminada em sua planta, correspondendo a apenas 0,3% da área total da refinaria. A empresa reiterou que a contaminação não representa risco à saúde dos trabalhadores nem das comunidades vizinhas.
Vale lembrar que a refinaria já havia sido alvo de uma vistoria anterior em setembro, onde foi interditada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) com o apoio da Receita Federal. Na ocasião, os fiscais encontraram indícios de que a empresa estaria importando combustíveis quase prontos e identificaram riscos de contaminação relacionados às suas atividades. Apesar disso, a Refit argumentou que a ANP reconheceu que não havia problemas nos diques de contenção dos tanques de armazenamento.
O Ibama, por sua vez, reafirmou seu compromisso em monitorar continuamente a situação. Carolina Esteves expressou a preocupação do órgão de que a contaminação possa se estender para áreas adjacentes, como o Canal do Cunha e comunidades nas proximidades. “Estamos determinados a acompanhar de perto para garantir que a empresa adote as providências necessárias e que o impacto não se agrave”, concluiu.
