As reféns, identificadas como Emily Damari, de 28 anos, Doron Steinbrecher, de 30, e Romi Gonen, de 23, foram recebidas em uma base militar israelense. Emily, que possui dupla cidadania britânica e israelense, e Doron, uma enfermeira veterinária romeno-israelense, foram capturadas nas proximidades do Kibutz Kfar Aza, enquanto Romi foi sequestrada durante um festival de música. A libertação delas foi acompanhada por imagens ao vivo, mostrando sua transferência de um veículo do Hamas para um carro da Cruz Vermelha, sob a vigilância de militantes armados.
Emocionadas, as mulheres se reuniram com suas famílias, em um reencontro de grande comoção e alívio. A mãe de Emily, Mandy Damari, expressou sua felicidade ao ver a filha novamente: “Depois de 471 dias, Emily finalmente está em casa.” Entretanto, durante a recepção, notou-se que Emily apresentava um ferimento significativo: sua mão direita estava enfaixada e faltavam dois dedos, consequência de sua passagem pelo cativeiro.
Após o reencontro, as três mulheres foram rapidamente transferidas para o Centro Médico Sheba, onde receberam atenção médica e psicológica. A Cruz Vermelha informou que a saúde das reféns estava em estado satisfatório, mesmo diante das circunstâncias adversas que enfrentaram durante o período de cativação.
Enquanto isso, em Gaza, multidões de moradores celebraram a trégua, brandindo bandeiras palestinas e cantando, diante da esperança de um futuro mais pacífico após meses de hostilidades. Em Tel Aviv, a população se reuniu na Praça dos Reféns, celebrando a liberação e exigindo o cumprimento do acordo de cessar-fogo.
As autoridades israelenses, no entanto, permanecem em estado de alerta. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, reforçou que o exército estaria preparado para qualquer ação militar caso houvesse violação do cessar-fogo por parte do Hamas. Do lado palestino, Abu Ubaida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, reiterou a importância do cumprimento do acordo por parte israelense. Essa nova esperança surge em meio a um cenário de destruição e luto, onde cerca de 46 mil palestinos perderam a vida devido aos conflitos ao longo do último ano e meio.