Romero destacou que, do ponto de vista militar, a operação dos EUA é excessiva para o combate ao narcotráfico, mas inadequada para uma agressão direta ao país. Segundo ele, a Venezuela é um território extenso, diferenciando-se de outros países como Granada e Panamá que foram invadidos no passado. A geografia do país, com sua longa costa e grande extensão territorial, torna qualquer tentativa de controle militar extremamente desafiadora.
Além disso, o parlamentar revelou que o governo venezuelano implementou um robusto sistema de defesa territorial, que abrange cerca de oito milhões de combatentes prontos para atuar, além de um efetivo militar regular de 250.000 soldados. Para Romero, qualquer plano de invasão dos EUA necessitará mobilizar forças de várias divisões militares, incluindo comandos africanos e europeus, não se restringindo apenas ao comando sul.
O deputado ainda apontou que as operações atuais, que resultam na destruição de embarcações que supostamente transportam drogas, são extremamente dispendiosas, custando a Washington cerca de 50 milhões de dólares diários. A justificativa dos EUA para essa presença militar se fundamenta na luta contra o tráfico de drogas, uma alegação que, para Romero, não se sustenta diante dos custos e resultados conflitantes das ações.
Diante desse cenário, a tensão entre os EUA e a Venezuela continua a ser um tema complexo, marcado por multiplicidade de fatores geopolíticos, sociais e econômicos que moldam as relações entre os dois países. A comunidade internacional observa atentamente como essa situação se desenvolverá nos próximos meses, principalmente em um contexto de crescente militarização da região.
