Gabriel foi abatido durante uma abordagem policial no dia 3 de maio. De acordo com a versão oficial divulgada pelas autoridades, o jovem teria ignorado uma ordem de parada após realizar manobras com sua motocicleta e avançar em um sinal vermelho. A narrativa prossegue afirmando que ele teria disparado contra os policiais, que reagiram, resultando em sua morte. Entretanto, imagens de câmeras de segurança registraram a perseguição, mas não conseguiram captar o exato momento dos disparos, o que levanta perguntas sobre a veracidade da versão apresentada pelas forças de segurança.
A família de Gabriel desmente essa perspectiva. Seus parentes insistem que ele era um jovem trabalhador e estudioso, sem qualquer histórico de envolvimento com atividades ilícitas. O pai do adolescente afirmou com convicção que o filho “nunca viu uma arma, nem mesmo de brinquedo”. No entanto, a investigação ainda aguarda a conclusão de um exame residuográfico que pode comprovar se Gabriel teve contato com a arma que, supostamente, foi encontrada em sua posse durante a ação policial.
O delegado responsável pelo caso, Alexandre Leite, comentou que a arma possui número de registro, mas não está cadastrada no sistema da Polícia Federal, o que levanta novas questões sobre sua procedência. Além disso, ele enfatizou que o exame pode ter sido comprometido pelo intervalo de tempo entre a apreensão da arma e a coleta de evidências. Apesar disso, o resultado do laudo é considerado crucial e pode influenciar significativamente o andamento do inquérito em curso. A expectativa agora é que a reconstituição traga novos elementos à compreensão deste trágico evento, que gerou intensa repercussão na região.