O problema reside no composto químico chamado nitrato de amônio, utilizado pela Takata para inflar o airbag quando acionado. Com o passar dos anos e em contato com calor e umidade, esse composto torna-se altamente explosivo, podendo até mesmo corroer partes metálicas do equipamento. Infelizmente, sete pessoas já perderam a vida no Brasil devido à explosão desses airbags defeituosos.
Um dos peritos em trânsito do Rio, Rodolpho da Hora, explicou que a bolsa do airbag pode abrir a uma velocidade de cerca de 320 km/h, o que, combinado com a fragilização da peça devido ao composto químico, resulta em fragmentos que podem atingir o motorista com grande impacto.
No Brasil, mais de 5 milhões de carros foram convocados para realizar a troca do airbag com defeito, porém apenas metade dos condutores atendeu ao chamado e levou o veículo para a revisão. Esse recall em massa é considerado o maior da história automobilística, afetando não só o Brasil, mas também diversos outros países.
A Takata acabou falindo quatro anos após a descoberta do problema em seus airbags, tendo que pagar multas expressivas em países como os Estados Unidos, onde mais de 20 milhões de carros com equipamentos defeituosos foram comercializados. A empresa japonesa se declarou culpada e enfrentou sérias consequências legais.
Para os proprietários de veículos que estejam preocupados com a situação do airbag de seu carro, é possível verificar se há a necessidade de recall no site da Secretaria Nacional de Trânsito, inserindo o número do chassi ou da placa do veículo. Essa atitude preventiva é essencial para garantir a segurança dos motoristas e passageiros nas estradas brasileiras.