Em apenas uma semana, o grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham conquistou cidades-chave como Aleppo, Deraa e Hama, avançando agora em direção a Homs e Damasco. O líder do HTS, Hassan Abdul-Ghani, afirmou que as forças da oposição estão realizando o “estágio final” de sua ofensiva na região.
O Exército sírio se retirou de partes do sul do país, deixando áreas sob controle dos rebeldes, incluindo duas capitais provinciais. Atualmente, as forças governamentais mantêm o controle de cinco capitais provinciais, incluindo Damasco e Homs.
Os combates entre os rebeldes e as forças de Assad estão concentrados nos subúrbios de Maadamiyah, Jaramana e Daraya, em Damasco. Além disso, os rebeldes estão avançando em direção ao subúrbio de Harasta, na parte leste da capital.
A retirada das províncias de Daraa e Sweida aconteceu enquanto o Exército da Síria enviava reforços para defender Homs dos insurgentes. A rápida expansão dos insurgentes representa uma reviravolta surpreendente para Assad, que se vê cada vez mais isolado, sem o apoio de seus antigos aliados como Rússia, Hezbollah e Irã.
Negociações diplomáticas estão em andamento, com representantes do Irã, Rússia e Turquia discutindo a situação na Síria. O Catar também se manifestou criticando Assad por não aproveitar oportunidades passadas para resolver os problemas do país.
A captura de áreas estratégicas pelos rebeldes e por grupos apoiados pelos EUA coloca em cheque a influência do Irã na região. A situação na Síria é instável e a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessa ofensiva que ameaça a estabilidade do país.