Os dados revelam que a maioria dos reajustes salariais negociados no mês de novembro ficaram acima da inflação, sendo que 67,6% das negociações resultaram em aumentos que superaram o índice inflacionário. No entanto, a proporção de reajustes que ficaram iguais ao INPC também apresentou um aumento, chegando a 28,6%, enquanto apenas 3,8% ficaram abaixo da inflação no período.
Uma análise comparativa entre os anos de 2022 e 2023 mostrou que a queda da inflação contribuiu para o aumento dos reajustes acima do INPC, passando de 27,4% para 78,5% no último ano. Além disso, a projeção para o INPC indica uma tendência de queda ao longo do primeiro semestre de 2024, devendo ficar abaixo de 3,0% em junho do próximo ano.
Ao avaliar a distribuição dos reajustes por região, o relatório do Salariômetro apontou que a Região Centro-Oeste se destacou com um reajuste mediano de 1,17%, superando a média nacional de 1%. Em seguida, vieram o Sudeste (1,07%), Sul (0,87%), Norte (0,56%) e Nordeste (0,53%).
Entre os estados, o Amapá apresentou os maiores reajustes reais, atingindo 1,67%, enquanto no Paraná o índice de reajuste real ficou em 0,7%. Setorialmente, a construção civil foi o setor de destaque em novembro, registrando um ganho real médio de 1,52%. No entanto, nas empresas jornalísticas, assim como nos setores de telecomunicações, refino e extração de petróleo, não houve registro de ganhos reais.
Diante desse cenário, o boletim do Salariômetro revela que, em geral, os reajustes salariais se demonstraram superiores à inflação, refletindo uma melhora no poder de compra dos trabalhadores brasileiros. Essa tendência de aumento real dos salários pode impactar positivamente a economia do país, proporcionando um crescimento mais equilibrado e sustentável.
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