O atual limite de reajuste é o menor desde 2020, quando foi autorizado um aumento de 5,6%. A partir do próximo domingo, dia 31, as farmácias e drogarias estarão autorizadas a aplicar o reajuste, porém, a decisão de aumento de preços não é automática. Mesmo assim, a tendência é que ao passar do dia 1º de abril, as remarcações ocorram gradualmente e atinjam a magnitude máxima permitida.
O Sindusfarma, entidade que representa a indústria farmacêutica, tranquiliza a população ao enfatizar que os reajustes não são automáticos devido à intensa concorrência existente entre as empresas do ramo, o que acaba por regular os preços de medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica.
Para os analistas, o limite máximo do reajuste de 4,5% está em linha com a variação acumulada em 12 meses do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e reflete as expectativas inflacionárias para o ano. No entanto, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) alertou que no Estado do Rio de Janeiro, o impacto no bolso dos consumidores poderá ser maior devido à recente elevação da alíquota do ICMS de 18% para 20%, além da taxa do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECP), chegando a 22% de imposto sobre medicamentos, a maior do país.
Nesse contexto, a questão tributária é uma preocupação relevante, uma vez que a carga de impostos corresponde a 32% do preço final ao consumidor, tornando os medicamentos um produto ainda mais impactado pelos encargos fiscais. A população aguarda novas informações e projeções sobre os desdobramentos desse reajuste nos próximos meses.