Em sua fala, Oruam afirmou confiante que a soltura de seu pai está próxima. “Quando meu pai vai ser solto? Em breve, tropa! Ele já não deve mais nada, mas a instituição não o libera. A imprensa parece querer eternizá-lo como um vilão, mas ele cumpriu sua pena. Ele vai sair em breve, em nome do Senhor Jesus”, declarou o artista, que vem se destacando no cenário do trap brasileiro.
Essa declaração não apenas reflete a expectativa do rapper, mas também reveste o debate sobre a criminalidade e as questões de justiça no Brasil de uma camada emocional e familiar. Oruam tenta humanizar a figura de seu pai, enfatizando a ideia de que a sociedade e a mídia o perpetuam como um vilão, apesar de já estar pagando por seus crimes.
Marcinho VP, cujo nome de nascimento é Márcio dos Santos Nepomuceno, está encarcerado desde 1996. Ele é condenado por uma série de crimes graves, incluindo tráfico de drogas e homicídios. Foi considerado um dos principais líderes do tráfico no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, onde suas ordens teriam resultado em inúmeras execuções e atividades violentas ligadas ao Comando Vermelho. Atualmente, ele cumpre uma pena de 48 anos, seis meses e 20 dias em um presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Com base na legislação atual, sua liberação está prevista para o dia 29 de outubro de 2026.
A aparição de Oruam nas mídias sociais, além de ser um momento revelador sobre suas esperanças pessoais, também levanta questões sobre a percepção pública de criminosos, suas famílias e a contínua luta de muitos para serem vistos além de seus passados. A expectativa pela liberdade de Marcinho VP pode não apenas alterar a trajetória da vida de Oruam, mas também provocar discussões mais amplas sobre a reabilitação e a reintegração de indivíduos que cumpriram suas penas.