Entre as histórias compartilhadas, estão as de pessoas que precisam acordar de madrugada, percorrer longas distâncias em busca de uma ficha para marcar consultas ou exames, que muitas vezes são agendados apenas meses depois. A situação se agrava quando os pacientes não conseguem garantir um horário e precisam repetir a mesma rotina em dias diferentes.
Dona Cícera, uma das moradoras locais, descreve a angústia de ter que madrugar em busca de atendimento: “A gente precisa acordar 3 horas da manhã pra ir até o Posto do Eustáquio para pegar uma ficha para tentar agendar, mas às vezes nem pega. A gente fica debaixo de uma tenda esperando por horas. O posto daqui já morreu”.
O caso de seu Edmílson, paciente de hemodiálise, também comoveu. Ele realiza o tratamento em um hospital na área central da cidade, mas enfrenta dificuldades de deslocamento, já que a Prefeitura não oferece suporte para transporte. “Essa é a pior Secretaria de Saúde que já vi em Maceió. Eles mandam a gente ir de táxi ou de ônibus. Os pacientes ficam sem nenhuma sessão e eu tenho que fazer sessão três vezes por semana”, desabafou.
Ao percorrer as comunidades, Rafael Brito expressou sua preocupação com a situação dos postos de saúde abandonados e a falta de atendimento básico. Ele destacou suas propostas de campanha, incluindo a realização de concursos públicos na área da saúde, a reforma e reabertura de postos fechados, além da construção de 40 policlínicas. Segundo ele, é urgente atender não só a demanda por médicos, mas por todos os profissionais de saúde, devido ao abandono vivenciado nos últimos quatro anos na saúde pública municipal.
Dessa forma, fica evidente a necessidade de mudanças significativas e urgentes na gestão da saúde em Maceió, visando a garantia de um atendimento digno e eficiente para toda a população.
