O recente incidente em São José da Tapera, onde o técnico Danillo Souza Pereira foi preso após agredir verbalmente o árbitro Alex Lemos da Silva, serve como um poderoso exemplo dessa realidade. A agressão, de natureza racial, não apenas desrespeita o profissional em questão, mas também reforça a ideia perniciosa de que a cor da pele pode ser alvo de ataques. Essa é uma problemática que gera desconforto e alimenta a desigualdade, especialmente quando associada à autoridade de figuras negras no esporte.
Diante desse episódio, tanto a Federação de Futebol local quanto o sistema judicial tomaram medidas adequadas. No entanto, é crucial entender que penas e sanções isoladas não são suficientes. É necessário um esforço contínuo para transformar mentalidades, criando campanhas de conscientização nos clubes e promovendo a educação tanto para as lideranças quanto para os torcedores. A luta contra o racismo deve ser uma prioridade, e o futebol, em vez de ser um espaço de impunidade, precisa ser um ambiente que promova o respeito e a igualdade.
Racismo não pode ser considerado um mero deslize; é um crime que deve ser confrontado de maneira decisiva. A justificativa de que “é só futebol” não pode mais ser aceita. As ações tomadas até agora são um passo na direção certa, mas a mudança real requer um compromisso coletivo para erradicar práticas racistas, garantindo assim que todos, independentemente de sua cor, sejam tratados com dignidade e respeito. O futebol deve ser um reflexo de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde a omissão não encontra abrigo.