O bioma mais impactado pelas queimadas foi a Amazônia, com 57% do espaço queimado total, equivalente a 19,9 milhões de hectares. Em seguida, o Cerrado foi o segundo bioma mais afetado, com 9,6 milhões de hectares queimados. É importante ressaltar que 85% da área queimada no Cerrado era de vegetação nativa.
No Pantanal, o fogo consumiu 1,9 milhão de hectares no mesmo período, representando um aumento de 68% em relação à média dos últimos cinco anos. Segundo especialistas, a seca extrema, influenciada pelo fenômeno El Niño, foi um dos principais fatores que contribuíram para os elevados números de queimadas.
A diretora de ciência do Ipam, Ane Alencar, alerta para a necessidade de reduzir e controlar o uso do fogo, principalmente em anos com condições climáticas extremas. Ela ressalta que as queimadas comprometem não apenas os biomas mais afetados, como Amazônia e Cerrado, mas também o equilíbrio climático como um todo.
Por outro lado, apesar do aumento das queimadas, houve uma queda no desmatamento, um dos fatores que contribuem para o aumento do fogo. A taxa oficial de desmatamento na Amazônia registrou uma baixa de 30,6% e no Cerrado, de 25,7%. Esses índices são calculados em comparação com os 12 meses imediatamente anteriores.
Diante desses dados alarmantes, os especialistas reforçam a importância de medidas urgentes para conter as queimadas e proteger o meio ambiente no Brasil. A vegetação nativa tem sido o principal alvo do fogo, representando 73% da área queimada em todo o país.