Segundo a consultora ambiental do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Isabel Nepomuceno, as queimadas podem ocorrer de duas formas: controlada, com licenciamento do IMA, e irregular, que é resultado da ação humana, visando principalmente a expansão agrícola. A queima clandestina tem sido uma prática comum, contribuindo para o desmatamento da mata nativa e o desaparecimento de diversas espécies.
Relatórios do IMA, baseados nos dados do INPE, revelam que somente no mês de agosto foram contabilizados 153 focos de queimadas em Alagoas, dos quais 129 ocorreram em remanescentes de vegetação, unidades de conservação ou propriedades rurais. Já na última semana de monitoramento, entre os dias 1 e 7 de setembro, foram registradas 163 ocorrências, número superior ao total do mês anterior.
Embora os impactos das queimadas sejam graves, Alagoas figura como um dos estados com menor incidência desse tipo de ocorrência no país, ficando atrás de Paraíba, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Sergipe e Amapá. O Mato Grosso, por sua vez, é o estado mais afetado, com mais de 1 milhão de focos registrados somente este ano.
Para combater essa prática nociva, o IMA e outros órgãos ambientais têm intensificado a fiscalização e autuação dos responsáveis por queimadas clandestinas. Além disso, a conscientização da população por meio da educação ambiental tem sido uma estratégia fundamental para evitar danos ao meio ambiente.
Diante desse quadro preocupante, é essencial que a sociedade se mobilize para preservar as áreas naturais e denunciar práticas criminosas. A prevenção e o combate às queimadas devem ser uma prioridade, visando à proteção da fauna, da flora e do meio ambiente como um todo.
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