Kopittke destaca que um dos fatores cruciais para a queda nos delitos, que se mantém desde 2020, é a integração intensa entre o município e as forças de segurança. De acordo com o especialista, reuniões semanais entre representantes de diferentes órgãos governamentais facilitam a monitoração constante dos indicadores de segurança e a elaboração de estratégias eficazes para lidar com os mais variados tipos de criminalidade. Esse modelo, inspirado em iniciativas bem-sucedidas de cidades como Nova York, busca unir esforços para uma resposta mais eficaz aos problemas enfrentados.
Outro ponto relevante considerado por Kopittke é o aumento do efetivo da Guarda Municipal, que passou de 300 para 700 agentes. Ele observa que essa força, embora não armada, não conflita com a Polícia Militar, e sua presença é parte de uma estratégia que inclui análises criminais minuciosas e o uso de tecnologia avançada, como cercamento eletrônico, para dar suporte à segurança na cidade.
Entretanto, o especialista adverte que o crescimento dos roubos de celular é um sinal de que a segurança precisa ser reconsiderada. A movimentação intensa no Centro, resultado do projeto Pacto pela Paz, tornou a área mais vulnerável a crimes. Kopittke salienta que a questão é complexa: “Não se trata apenas de aumentar a visibilidade da polícia, mas de entender as dinâmicas do crime organizado que permeiam esses delitos.”
Para que a segurança pública seja verdadeiramente eficaz, é imprescindível não apenas combater os crimes, mas também abordar as causas sociais que os geram. Ele menciona a relevância de um trabalho conjunto com assistências sociais voltadas a usuários de drogas, a fim de reduzir a incidência de roubos e furtos motivados por dependência. O cenário de segurança em Niterói é, portanto, um indicativo de como a integração e a inovação podem transformar realidades, mas também destaca a urgência de um entendimento mais profundo das raízes do crime.










